RAFAEL

Meu nome é Rafael, mas pode me chamar de Rafinha. Aqui eu escrevo o que parece verdade na hora. Se amanhã eu discordar de mim mesmo, parabéns pra mim: evoluí ou pirei mais um pouco.

Porque eu escrevo

O Caos e Suas Contradições

Porque tem coisa que não dá pra guardar.
Porque às vezes o peito pesa de um jeito que não vira lágrima nem soco

vira texto.

Eu escrevo com vergonha.
Com medo de ser chato, com medo de parecer bobo.
Com aquele sentimento horroroso de que talvez tudo seja uma lógica idiota que só faz sentido na minha cabeça.
Mas é o que eu tenho.

Escrevo porque revisar mil vezes ainda me parece menos doloroso do que falar.
E porque o rAFINHA existe, entre outras coisas, pra me permitir errar mais.
Pra cuspir o sentimento sem querer transformar tudo em tese.

Sem revisar até estar polido o suficiente

Escrevo porque, quando não sei o que fazer com algo, eu viro o sentimento em parágrafo.
Às vezes é pra lembrar, às vezes é só porque achei engraçado.
Mas na maioria das vezes é porque tem algo tão forte, tão desalinhado, que só sai assim: desalinhado mesmo, mas fora de mim.

O que eu mais queria era que você lesse e dissesse:
“Caralho. Eu também.”

Ou que a gente ficasse horas falando sobre isso.
Sobre nada.
Sobre tudo.

Porque às vezes nem eu sei se o que escrevo é real,
se é só surto bonito,
se é ego vestido de sensibilidade,
ou se é, de fato, reflexo de dentro.

Mas é o que sobrou.
E, por enquanto, é o que me salva.

RAFAEL.